4.1.11

ALTERNIPÉTALO PARA HAROLDO DE CAMPOS

(sobre algarismos alfinetes de Salette Tavares)

No altar de algures,
albicórneas de almagiste,
com almaAlvarral a vapor de álamo,
alguém, altifalante,
lê o alcorão no algibe
alcião, alfim
aleperce de si mesmo
no aljofar da tarde alfa
que ali pousou:
- al berto, almo alguidar,
o alvorário do tempo
parou!
alvíssaras nuvens alcançaram o céu!
alperce no vento,
o varal alforreca
alga alforria
além-álibi
por fim.
deslizando a memória
do alcantaril,
algaraz suspira:
- saudades de algures,
sagaz alfarábio,
saudades de alguém...
o alterniflório do
sem-fim se abre
alticolúnio algoz
de alfaqui.
aforrece a manhã,
a lua 'inda vermelha
albirrubro
como os olhos
d'alcova,
que ergue o corpo
no vento
e sopra as palavras
serafim.